Home Política Derrubada de veto garante segurança para novos empreendimentos hidrelétricos diz deputado

Derrubada de veto garante segurança para novos empreendimentos hidrelétricos diz deputado

Derrubada de veto garante segurança para novos empreendimentos hidrelétricos diz deputado

A Assembleia Legislativa derrubou, na segunda-feira (30/10), por 34 votos a 12, veto parcial do governador Beto Richa ao artigo 3º da lei 12.129/2017, que trata da construção de empreendimentos hidrelétricos de geração de energia no Estado. O artigo, inserido na lei através de emenda apresentada pelo bloco independente e bancada de oposição ao texto original apresentado pelo governo, estabelece que as novas centrais hidrelétricas construídas no Estado só poderão entrar em funcionamento após o pagamento de indenizações às famílias que tiveram suas propriedades atingidas pelas barragens.

Segundo o líder da bancada do PDT, deputado estadual Nelson Luersen, que integra a Frente Parlamentar em Defesa dos Atingidos pelas Barragens, e votou pela derrubada do veto, a manutenção do artigo com essa exigência evitará a repetição de problemas como o que ocorre na construção da usina do Baixo Iguaçu, na região Sudoeste, onde há quatro anos persiste um impasse entre o consórcio responsável pela obra, formado pela Copel e a empresa Neoenergia e as famílias que tiveram suas propriedades. “A derrubada do veto é boa para os dois lados, porque dá segurança ao investidor e também aos atingidos, acabando com situações de discórdia como a vem acontecendo na usina do Baixo Iguaçu, onde a obra está quase no final e ainda persistem muitas pendências com famílias que residem há anos na região e terão que deixar suas propriedades”, afirma o deputado.

A lei autoriza a construção de 18 empreendimentos hidrelétricos de geração de energia, entre Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), Usina Hidrelétrica de Energia (UHE) e Central de Geração Hidrelétrica (CGH). “No caso da construção de Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), em que praticamente não há alagamento para a formação de barragens, a exigência não se aplica, já que são de empreendimentos de baixo impacto”, esclarece Luersen. “O problema não está nos pequenos empreendimentos e sim nas grandes”, explica o parlamentar.